31 de dez. de 2010

Resoluções de Ano Novo de uma cidade que não pára de crescer

Todos fazemos resoluções de Ano Novo. Alguns escrevem, outros mentalizam, outros juram para o espelho ou trocam confidências com os amigos. Dilma Roussef, ao assumir ontem como a primeira presidenta do Brasil, fez sua resolução de Ano Novo em público, para os milhões de brasileiros que anseiam por um governo ético, honesto e que mantenha o país no rumo do desenvolvimento.
Independente da dimensão de nossos propósitos, é momento de lançá-los às boas energias do planeta, para que se concretizem com uma dose de fé, outra de paixão e a maior delas, de muito trabalho. Resoluções não podem se transformar em palavras soltas no vento. Elas precisam colar-se á nossa determinação para que se tornem realidade.
Para mim, resoluções de Ano Novo referem-se a mudanças que queremos provocar em nós mesmos, em aspectos que sabemos que precisamos melhorar ou coisas que precisamos incluir em nossas vidas. São projetos de ruptura, de novos começos, de quebra de paradigmas. Perder peso, aprender a dirigir, deixar de ser sedentário, encontrar um grande amor. Novos começos.
Ao refletir sobre isso, resolvi pensar em como seriam as resoluções de Ano Novo da querida cidade de Uberlândia, que me acolhe desde 1994 e tornou-se minha cidade, onde vivo, trabalho, estudo, tenho amigos e sou feliz. Concendendo-me a liberdade da qual blogueiros desfrutam, incorporo a seguir a alma da cidade e empresto esse espaço para que Uberlândia possa escrever suas resoluções de Ano Novo. Quem quiser, pode colaborar também.

 
Resoluções para 2011 da cidade de Uberlândia, terra gentil que seduz

 
  1. Em 2011, quero que os motoristas que trafegam pelas minhas ruas e avenidas sejam pessoas mais gentis, que obedeçam a sinalização e se respeitem uns aos outros. Vou manter os espaços urbanos limpos, sinalizados e, se necessário, policiados, para que todos se sintam seguros em andar pelas minhas largas avenidas ou pelas estreitas ruas do centro, seja a pé ou de carro. Vou também orientar motoristas de ônibus a respeitarem mais os veículos menores, os passageiros e os pedestres;
  2. Quero gerar muita riqueza e desenvolvimento por meio do trabalho, quero criar condições para que muitos empregos formais sejam criados e as pessoas que moram aqui encontrem condições de manter suas famílias com dignidade e alegria;
  3. Quero ter mais saúde, hospitais melhores, um atendimento público capaz de oferecer qualidade e segurança para os cidadãos que me escolheram para viver. Mais que grandes obras e discursos, quero promover ações concretas para que as pessoas consigam vagas em UTIs, sejam gentilmente atendidas nas UAIs e possam voltar para casa com esperança de que tudo vai melhorar;
  4. Quero que os estabelecimentos de serviços que funcionam aqui sejam capazes de atender às necessidades das pessoas de forma mais educada e gentil, que todos se orgulhem pelos seus trabalhos e façam com que o comércio local seja profissional o suficiente para que as pessoas prefiram consumir aqui e não pela internet ou em outras cidades;
  5. Quero que as pessoas parem de abandonar ou de perder seus cães em minhas ruas. Eles não sabem se virar sozinhos e podem acabar morrendo de fome, tristeza e solidão. Queria também pedir aos donos dos animais que fossem mais responsáveis, inclusive pela sujeira que os pets deixam para trás nas caminhadas;
  6. Quero que mais pessoas conheçam o Parque do Sabiá, onde bate meu coração verde. Que se exercitem mais, que visitem o Parque de forma consciente, com respeito à natureza e ao que represento;
  7. Quero menos lixo no chão e mais consciência quanto à necessidade de reciclagem, de economizar água, energia e outros recursos finitos do planeta. Quero que minhas calçadas sejam belas e limpas, mas que não seja necessário jogar água sobre elas para que isso aconteça. Basta que as pessoas não joguem lixo nas ruas e aprendam a usar melhor as vassouras;
  8. Quero que os políticos que me governem se deixem pautar mais pelo interesse público do que pelo privado; que pensem mais em todos os uberlandenses e uberlandinos do que em seus próprios bolsos e egos inflados;
  9. Quero que os empresários aprendam a investir para melhorar o bem comum, que sejam capazes de colocar recursos para incentivar a cultura, as artes, a cidadania, o apoio aos mais necessitados. Além é claro, de gerarem impostos, empregos, lucro e riqueza;
  10. Quero ser uma cidade livre de enchentes, com ruas limpas, pessoas educadas e que me amem tanto quanto eu as amo;
  11. Quero mais educação, para que os futuros cidadãos uberlandenses vivam em uma cidade onde meus desejos possam ser bem mais simples que esses que faço agora. Quero crianças e jovens aprendendo a ler, a escrever e a pensar por si mesmos, tornando-se grandes inovadores, que contribuirão para que eu me torne ainda melhor;
  12. Quero menos drogas e menos violência, menos assassinatos, roubos, furtos e desmandos. Quero mais policiamento nas ruas, quero mais ação e menos falação.
São muitos e muitos os meus desejos e resoluções de Ano Novo. Mas só vou conseguir concretizá-los por meio de cada cidadão uberlandense ou uberlandino.
E você, que resoluções acha que eu poderia tomar para ser uma cidade melhor? Posso contar com sua ajuda?

Este texto foi escrito no final de 2010. Pelo menos um de meus desejos parece ter sido realizado. A partir desta semana começa um projeto de coleta seletiva no bairro Santa Mônica. Vamos torcer para que seja bem sucedido!

 

 

 

Nenhum comentário: