21 de abr. de 2012

Acendo velas para santos



Eu, ainda menina, e minha
vózinha querida.
Convivi com minha avó materna por um tempo privilegiado. Quando ela partiu, eu já era adulta. Durante todo esse tempo, aprendi muito com a vó Noêmia. Um desses aprendizados diz respeito a acender velas para santos. Lembro-me bem que ela sempre "punha uma vela para o santo" nos momentos de aflição e também de agradecimento.

Cresci vendo minha avó acender velas, em especial para Nossa Senhora da Aparecida, santa da devoção de tantas avós. Ela rezava e pedia pelas pessoas da família que passavam por momentos de aflição. Problemas de saúde, provas difíceis, conflitos familiares, nascimentos dos netos. Para tudo tinha uma vela e um santo.
Essa é uma das lembranças doces de minha infância e adolescência. Vó Noêmia acendeu muitas velas por mim, em diferentes momentos. Acredito que funcionaram, pois me tornei uma adulta feliz, realizada, saudável. Os problemas da criança ficaram para trás. A luz das velas deve ter espantado todos e iluminado meu caminho pela vida.
Hoje, tenho o hábito de acender velas para santos. Aqui em casa tenho três imagens que são importantes para mim. Nossa Senhora, que carinhosamente chamo de Nossa Senhora da Aparecida Preta; Santa Luzia, protetora dos olhos; e São Francisco, protetor dos animais. Volta e meia acendo velas para eles, pedindo graças e agradecendo as graças recebidas, como diz meu querido Padre Júlio. Acredito fortemente que a luz e a força das orações contribuem para que os problemas desapareçam. Minha querida vó também me ensinou a ter fé.
Hoje, enquanto escrevo, há uma vela de agradecimento acesa para Nossa Senhora da Aparecida Preta, a imagem mais pequenina que enfeita meu canto. A santa mais poderosa que protege minha vida. O motivo é a recuperação de uma de minhas irmãs, que sofreu um acidente doméstico e levou um grande susto há algumas semanas.
Tenho certeza que meu pedido foi ouvido pela santa. E também pela minha avó, que deve ter rezado junto comigo, em conexão direta entre céu e terra. Agradeço à Dona Noêmia por me legar o hábito de acender velas. Elas iluminam a minha fé. Jesus é a luz do mundo. Cada uma dessas velinhas que acendo são uma forma de ele saber que estou pedindo ajuda. Talvez as velas de devoção sejam pequenas "cutucadas" em Deus. E ele, que nos "curte" sempre, responde de acordo com o que precisamos aprender.
Que saudade da minha vó!

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