Uma das belas coisas de se viver nessa cidade é a chegada da temporada das árvores floridas. Primeiro as paineiras, depois ipês de todas as cores, seguidos pelas amarelas sibipirunas e os cachos das acácias.
A cidade já se enfeita com o rosa das paineiras, muitas das quais alteram a paisagem árida de ruas e avenidas, formando uma copa rosada de árvore, que aos poucos se transformam em um tapete de pétalas que ficam pelo chão.
Há quem considere as flores caídas um inconveniente, uma sujeira a mais na cidade. Há quem considere o tapete de flores um presente, onde a beleza das flores, tão efêmera, continua por mais um tiquinho de tempo.
Na esquina da João Naves com a Belarmino Cotta Pacheco, bem ao lado de um ponto de ônibus, tem uma dessas paineiras, carregada de flores. Será que os passantes reparam nela, no rosa lindo em contraste com o céu azul das manhãs de outuno? Será que os motoristas olham poucos segundos para o lado? Quantas almas será que se alegram por viver em uma cidade florida?
Uma velha canção, composta em 1961, traduz um pouco do que sinto quando presencio nossas árvores em flor. Para uma bela manhã de domingo, vê, estão voltando as flores...
Estão voltando as flores (1961)
Marcha Rancho
Composição: Paulo Soledade
Interpretação: Altemar Dutra
Vê, estão voltando as flores,
Vê, nessa manhã tão linda,
Vê, como é bonita a vida,
Vê, há esperança ainda.
Vê, as nuvens vão passando,
Vê, um novo céu se abrindo,
Vê, o sol iluminando,
Por onde nós vamos indo,
Por onde nós vamos indo.
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