Adoro andar pela cidade com minha cachorrinha Bella. Gosto de caminhar, um bom exercício para o corpo e a mente. Nessas caminhadas, uma das coisas que me causa espanto é a quantidade de bares que colocam mesas nas calçadas, fazendo com que os pedestres tenham que passar pela rua.
Em fevereiro, o jornal Correio publicou uma reportagem a respeito, onde mostrou o ponto de vista dos donos dos bares, dos frequentadores, mostrou aspectos legais. Para quem quiser ler, clique aqui. Muito bom trabalho, mas na época o jornal esqueceu-se de ouvir os pedestres que são obrigados a andar na rua, simplesmente porque as mesas ocupam a quase totalidade da calçada. Mesmo que haja um espaço para os pedestres passarem, isso é desconfortável.
Penso que para tudo deve haver um meio termo, mas penso também que as calçadas são espaços reservados para os pedestres. Em Franca, no ano passado, um promotor simplesmente proibiu todos os bares de utilizarem as calçadas, o que inviabilizou muitos negócios, em especial as famosas Bolotas (traillers de lanches espalhados por toda a cidade). Não acho que seja por aí. Mas talvez poderiam ser criados limites em relação a horários, dimensões da calçada e utilização das praças. Aqui perto, no Santa Mônica mesmo, dois carrinhos de lanche ocupam praças. Acho interessante que eles limpam a sujeira quando fecham o estabelecimento, cuidam do pedacinho da praça e ocupam a calçada apenas parcialmente. Talvez a fiscalização devesse ser nesse sentido, de avaliar se os pedestres são obrigados a passar pela rua, se o lixo dos consumidores está ficando espalhado na calçada e se existe um cuidado com o espaço ocupado gratuitamente.
Sentar em um bar para curtir uma cerveja e um bom papo é uma delícia, mas é legal fazer isso com respeito. Tudo que leva em consideração o outro é algo que deve ser sempre considerado.
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