Uma das coisas que ainda me causa espanto em Uberlândia é o trânsito. Dia após dia deparo-me com situações que me lembram um velho desenho animado, onde o personagem Pateta, criado por Walt Disney, torna-se um ser completamente irracional quando se posiciona atrás do volante.
Quem tiver interesse em assistir, clique aqui.
Normalmente civilizado, o Pateta motorista esquece qualquer norma de convívio social. Ele literalmente enlouquece, dirige em alta velocidade, ultrapassa sinais de trânsito, xinga outros motoristas, bate, atropela e segue adiante.
Muitas vezes, quando dirijo, percebo que seta deve ser um adicional de luxo, poucos usam. Outra coisa em desuso por aqui é a gentileza. Se o motorista da frente sinaliza que quer entrar, o de trás acelera mas não deixa. Se alguém precisa sair de uma garagem ou via secundária, haja paciência até que alguém dê passagem.
Semáforos para pedestres são desrespeitados o tempo todo, bem como regiões de contornos proibidos, faixas em frente à escolas e hospitais. Dar preferência aos pedestres pode ser perigoso. Algum Pateta feroz pode bater em cheio e ainda te xingar.
E os ciclistas, coitados... Devem ter descoberto a fórmula secreta da invisibilidade. Apenas alguns poucos são capazes de vê-los e esperá-los em determinadas situações. O licor da invisibilidade só perde o efeito quando acontece um barulhinho: CRASH!
Ainda é de causar espanto o quanto nos comportamos como Patetas no trânsito, esquecendo que também somos pedestres, ciclistas e motoristas. Bem como nossos filhos e amigos, que podem se tornar vítimas de Patetas insanos caso a gente não faça nada para mudar este cenário.
Imagem: extraída do site http://umajanelaaoentardecer.wordpress.com/2009/10/
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