Ainda na infância meus pais me ensinaram a gostar de teatro. A gente encenava pequenas peças infantis em datas comemorativas e sempre que possível, ia assistir às apresentações teatrais em Franca. Tornou-se um hábito.
Já adulta, fui morar em Londrina, onde fiz faculdade. A cidade realizava anualmente um Festival de Teatro enorme, que tinha muitas apresentações em espaços públicos, como a própria universidade, calçadões e o velho Cine Teatro Ouro Verde.
Em Uberlândia, presenciei a algumas pérolas do teatro de rua, como o grupo Galpão com Romeu e Julieta, via Crucis e O Doente Imaginário. O primeiro, assisti no campus Santa Mônica, no gramado de um dos campos de futebol que já deve ter sucumbido aos prédios que parecem que vão ocupar todo o espaço verde.
Ontem, mais uma vez, o teatro invade a minha tarde, dessa vez no centro da cidade, na Praça Clarimundo Carneiro, onde um único ator conseguiu envolver uma pequena plátéia e levá-la ao delírio com uma performance simples, porém cheia de lirismo, alegria e bons motivos para risada. O nome da peça era "O maior jogador de futebol do mundo". Cheia de Zés, piadas simples e improviso, a pequena platéia ganhou um festival de gargalhadas. Totalmente de graça.
A apresentação fez parte do Festival Ruínas Circulares (que nome estranho!). Foi uma delícia. Sentada ali na praça, debaixo daquele céu super azul, rodeada de verde, de gente alegre, de bem com a vida, dando risada, foi como me presentear com um momento de pura diversão. Nada de gente reclamona, mal humorada, ranzinza, reclamando da falta de tudo. As pessoas estavam ali para dar risada. Muitos participaram da cena, viraram artistas por alguns minutos valiosos.
Uma bela tarde de sábado, cheia de alegrias. Que venham muitas assim.
Um comentário:
Oi Dri...que manero esse blog...
bjoss
saudades
fred
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