Desde que a velha Rádio Itatiaia deixou de existir em Uberlândia, fiquei meio sem referências sobre o que ouvir em termos de música de qualidade. Nada contra nenhum gênero musical, mas não consigo gostar de pagode, axé e sertanejo. Rock eu gosto um pouco, mas exceto pelo que leio no jornal, não faço a mínima idéia do que canta Lady Gaga. Acho que já ouvi Beyoncé, mas fora esses nomes que estão sempre na mídia, me considero uma analfabeta musical no que diz respeito às paradas de sucesso dos dias atuais.
Para me manter mais ou menos atualizada, leio a coluna Novo Som no Jornal Correio, assinada pela competente Adreana Oliveira, com quem tive o prazer de trabalhar há muitos anos. Apaixonada por música, ela contribui um pouquinho para aumentar meu nível cultural no que diz respeito a Rock.
Meu principal contato com a música via Rádio tem sido a FM Universitária, que ouço no carro, no aparelho de som, no MP4, no celular e agora na internet, minha mais nova mania (http://www.rtu.ufu.br/v1/).
A programação da emissora traz música de qualidade, programas interessantes, e muita, mas muita música brasileira. Inclusive música de gente daqui. Volta e meia a gente ouve canções interpretadas por cantores e compositores locais, como Carlim de Almeida, Luis Salgado, Quarteto Vagamundo, Helen Calaça, Cristina Goulart e tantos outros. Ultimamente ando encantada com uma música que participou do festival universitário da canção, chamada "Diz aí", de Julie Melo e Janaína Santiago.
Não posso nem criticar as outras emissoras porque não ouço. Talvez elas também abram espaço para talentos locais, cada um em seu estilo. Além de MPB, a cidade é berço de pagodeiros que conquistaram o Brasil, como Alexandre Pires e o Só Prá Contrariar. Bruno e Marrone e Victor e Léo parece que também moram por aqui e conquistam o país com seu trabalho.
Dia desses eu estava ouvindo a Rádio Universitária em pleno domingo e foi veiculado um belíssimo programa sobre a vida e a obra de Cole Porter, compositor americano de uma das mais belas canções de amor do mundo, chamada "Everytime we say goodbye", Em outra ocasião, no mesmo domingo à noite, uma entrevista muito bacana com Fernanda Takae, do Pato Fu.
Nem tudo são flores na emissora. Justamente por só tocar música de qualidade existe um grande nível de repetição, há dias em que parece que estamos ouvindo a mesma música várias vezes. Outra coisa que incomoda um pouco é a quantidade de "falação" de alguns locutores, em especial de programas especíais, como agora, por exemplo. Estou ouvindo um programa onde o locutor já agradeceu à audiência do reitor duas vezes seguidas. Melhor não falar nada se não houver o que agregar à programação. No programa do Cole Porter, por exemplo, o locutor completou informações, falou de detalhes, contou história de músicas e do filme "De Lovely", que retrata a vida do compositor.
Mas de todo jeito, a Rádio Universitária é para mim a melhor da cidade. Quando está ruim eu mudo de canal só para voltar rapidinho. Antes a "falação" que às vezes me incomoda a escutar letras totalmente desconexas para mim, mas que fazem o maior sucesso Brasil afora. Gosto continua sendo algo pessoal, ainda bem. Mas digo de coração para a Universitária FM: eu amo essa rádio!
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