Foto de Valter de Paula Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br |
Tudo o que antes era ágil, agora ficou demorado. Ir ao supermercado, por exemplo, é um exercício de paciência na hora de voltar para o bairro. A saída do Carrefour é pela Avenida Anselmo Alves e o único jeito de entrar na João Naves é arriscar-se a cada vez que o semáforo da Belarmino Cotta Pacheco se fecha. São poucos segundos para cruzar a João Naves e pegar o sentido contrário, que dá acesso ao bairro. Muitas vezes, filas enormes de carros se formam a partir do semáforo em frente ao Center Shopping e mesmo com o semáforo fechado, fica impossível cruzar a avenida. Mais de uma vez optei por contornar o shopping e voltar para casa pelo bairro Tibery. Troquei de supermercado também, só vou ao Carrefour quando não tem outro jeito.
Para ir dar aulas no centro da cidade, tenho que sair de casa meia hora mais cedo, para evitar o horário de pico, onde o cruzamento entre a Segismundo Pereira e a João Naves fica extremamente congestionado. Muitas vezes, os carros entopem a João Naves, entre a Belarmino e a Segismundo, sem deixar espaço para quem quer ir do bairro ao centro. Aprendi a contornar o campus para pegar o contorno da João Naves antes da rotatória. Algumas vezes dá certo, em outras, caio em novos congestionamentos.
O trecho da rua que desce para a João Naves, que começa no Hotel Sanare e termina no San Diego está se tornando o campeão dos congestionamentos na região. Dependendo do horário, são três ou quatro quarteirões de espera. Muitos motoristas não respeitam os cruzamentos, causando ainda mais tumulto nas ruas perpendiculares.
Parece que foram feitos alguns ajustes nos semáforos para que os carros não sejam liberados todos ao mesmo tempo, mas com o crescimento da frota, do número de estudantes e de moradores no Santa Mônica, parece que a situação só piora. Daqui a pouco, o bairro deve receber mais de 300 novas famílias em um grande condomínio ao lado do campus Santa Mônica. Se cada família tiver um carro, o problema vai se agravar ainda mais. Todo mundo sai e volta para casa ao mesmo tempo.
Sei que o progresso é inevitável e que o viaduto deve melhorar em alguns aspectos o trânsito na região. Mas fico pensando se não haveria uma maneira mais eficiente de gerir os transtornos para os moradores. O trânsito está ficando mais violento, as pessoas mais agressivas, talvez pela falta de paciência em enfrentar dificuldades que surgem agora.
Como já cantava Adoniran Barbosa: "progresso, progresso...".
Nenhum comentário:
Postar um comentário