Desde criança, eu adoro o Natal. Naquela época, meu pai tinha o dom de transformar gestos simples em momentos mágicos, talvez tentando mostrar às crianças que a fantasia nos ajuda a lidar com aspectos da realidade com os quais não queremos lidar, pelo menos por algum tempo.
Hoje acordei com espírito natalino. Tenho um CD do Frank Sinatra onde ele canta belas músicas de Natal. Quando começo a ouví-lo, é porque entrei no clima do nascimento do menino Jesus. Hoje ele foi minha trilha sonora. O engraçado é que o clima natalino me inspira a repensar minhas atitudes, pensar mais antes de buzinar para o babaca que fura o sinal ou para o péssimo motorista que pensa que a seta é artigo de luxo no carro.
Saí de casa ao som de Jingle Bells e neste clima permaneci o dia todo. Cantei com Frank Sinatra e com o Padre Fábio de Melo canções que falam de amor, da companhia dos amigos e familiares, do tempo de paz, de companheirismo, de solidariedade, de carinho. Resolvi que nada iria me chatear, de que eu vou viver em dezembro, e talvez pelo resto do ano que vem, em um clima de tranquilidade e paz, sem me aborrecer.
Para completar meu sentimento natalino, um bebê de passarinho caiu no meu quintal. O ninho é muito alto, não vou conseguir colocá-lo lá em cima. Improvisei um ninho para ele, coloquei água e um pouco de farelo. Ele resistiu até agora. Espero que se fortaleça e aprenda a voar, para conquistar seu lugarzinho no céu dos passarinhos, não no céu dos anjos passarinhos.
Enquanto isso, na cidade, o clima é de incentivo às compras. Eu optei por adiantar ao máximo, já escolhi os presentes e para isso, decidi atender ao pedido do amigo secreto, mas também comprar algumas coisinhas alternativas e exclusivas, diretamente das mãos de artistas muito especiais. Hoje fui tomar um chá no ateliê da Bela Cacique, que faz coisinhas lindas em pano, madeira, croche... Tudo muito gostoso.
O bacana deste chá é que foi um espaço de conversa, de trocas, de compartilhamento. Teve compra sim, mas teve uma troca que a gente não encontra de jeito nenhum nos shopping centers ou nas lojas abarrotadas do centro. Tem coisa mais antiga que mulheres sentadas em volta de uma mesa? Fala-se de casa, de filhos, de cachorros, de estudos, de sonhos. Fala-se de vida.
Ando sedenta de falar de vida. Ando sedenta de gente inteligente, que goste de conversar, de ler livros, de cinema, de pensar. Ando sedenta de ser provocada intelectualmente, de varar madrugadas conversando. Ando um tanto quanto farta da mediocridade das pessoas que concentram suas vidas na busca de um companheiro que talvez nunca venha, ou desperdiçam o rico tempo do diálogo julgando outras pessoas, ou ainda destilam críticas a desafetos que se estabeleceram com razão, mas não deveriam durar tanto tempo. Ando cansada de pessoas infelizes com o lugar que ocupam no mundo, que reclamam mais do que buscam uma mudança. Ando farta de homens de corações vazios, que buscam prazer no presente mesmo que encontrem um grande vazio em suas almas no momento seguinte.
Muitas vezes ando até mesmo farta de mim, com minhas fraquezas que me assombram como fantasmas.
Mas então vem o Natal, com sua magia. Decorei a casa com as peças do presépio que representam a Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Coloquei-os bem à entrada da minha porta, convidando o amor natalino para entrar. Neste Natal, quero energia boa de presente. Será que é pedir muito?
Esses anjinhos fazem parte de minha decoração de Natal. Protegem minha casa contra energias negativas.
Por falar em energia boa, resolvi ilustrar este post com o comercial que O Boticário fez para o Natal. Clique aqui para assistir. Uma mensagem de amor, onde uma chuva de perfume traz alegria aos homens. É o que sinto quando vivencio o Natal na igreja católica, onde as palavras de Deus sobre o nascimento de Jesus iluminam minha vida e trazem importantes lições sobre a entrega absoluta a um propósito de vida.
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