Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais |
Uma das principais críticas que ouvi tem relação com a altura da barreira de proteção da lateral direita, em ambos os sentidos. Há quem acredita que elas são baixas e podem gerar acidentes futuros. Nos últimos dias tenho ido com certa frequência aos bairros Roosevelt e Pacaembu. Para isso cruzo diferentes viadutos, dependendo do caminho que escolho. Todos com laterais direitas baixas, similares à obra recem inaugurada.
Em minha opinião, a obra de engenharia está concluída e foi bem feita. Agora são necessárias ações comunicacionais, educacionais e de fiscalização. Comunicacionais porque é fundamental sinalizar melhor os acessos ao viaduto. Uma ação simples seria numerar as pistas na altura do semóforo que lhe antecede, especificando que as pistas 1 e 2, por exemplo, são as que dão acesso ao viaduto. A pista 3 seria destinada aqueles que farão conversões (à direita ou esquerda) sob a obra. Essa numeração, além de horizontal, deveria também ser vertical, auxiliando o motorista na escolha da faixa, antes mesmo de chegar ao viaduto.
Em relação às ações educacionais, uma nova campanha de respeito no trânsito cairia bem. Parece-me que temos grande dificuldade em usar a seta, praticar a gentileza, respeitar a velocidade limite, não frear bruscamente, saber antecipadamente o trajeto a ser feito. Caberia também educar os motoristas de ônibus, que invadem faixas e agem como donos da rua.
A obra do viaduto será complementada pelo alargamento da avenida Rondon Pacheco, que se encontra bastante adiantado. Mesmo com a redução no limite de velocidade, o volume de trânsito rápido é crescente. Se antes eram apenas duas ou três filas de carros, agora são cinco. O fluxo está bem melhor, mas ainda assistimos a alguns abusos e cenas impensáveis em um ambiente onde predominasse a gentileza entre os motoristas.
Por fim, a fiscalização ainda tem oportunidades. Tenho visto viaturas da Setran todos os dias, nos dois sentidos. No entanto, até o momento não vi os agentes pararem ninguém, mesmo tendo presenciado abusos de velocidade, ultrapasssagens arriscadas e manobras de entrada na pista lateral um tanto quanto arriscadas. Isso sem falar em ciclistas que eventualmente se arriscam. Por outro lado, os carros saem do viaduto em alta velocidade e seguem no sentido bairro ou centro. Mesmo que seja cometida alguma infração, é impossível para os agentes chegar aos infratores.
De toda forma, eu, que tanto reclamei da obra, estou satisfeita com o resultado. Agora falta a combinação dos diferentes saberes. A engenharia está concluída, enquanto as ações de comunicação, educação e fiscalização parece que estão apenas engatinhando.
Aliás, por falar em comunicação, o nome com o qual a obra foi batizada parece que não vai pegar mesmo: Pastor José Braga da Silva. Li em algum lugar que se trata de uma homenagem devido às obras do pastor, que manteve uma escola gratuita para a comunidade nos arredores do shopping. Boa intenção, mas parece-me que continuaremos todos falando Viaduto da João Naves. E assim vamos, à pé ou de carro, vivenciando o crescimento de nossa Uberlândia, com seus ônus e bônus.
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